As vezes damos sentido a coisas tão fúteis,
Tão materiais, tão finitas em seu ser, que causam confusão,
No discernimento do verdadeiro sentido,
Insistentemente ouço ecoando dentro do meu ser a pergunta,
Qual o sentido da sua vida?
O que a impulsiona a seguir em frente de forma tão alinhada e despreocupada,
Caminhos tão tortuosos que na maioria das vezes assusta e constrange,
Mas não forte o bastante para manchar a trasprência desse sentido,
O que leva um ser a tentar contra a sua própria vida?
Talvés seja a falta de sorrisos sinceros, de gargalhadas sem pressa de findar,
Do olhar atento do outro cheio de amor, do toque das mãos, do abraço amigo,
Do sentir-se amado e querido,
Talvés o barulho que o mundo contemporâneo faz,
Cause uma espécie de secura espiritual,
Desviando, modificando o sentido da vida,
Relativando o ser a uma simples casca,
Vazia, sem alma, sem esperança, finita,
O SENTIDO DA MINHA VIDA?
É perceber que não sou vazia, tenho uma alma banhada por Deus,
Que me possibilita ser ilimitada na esperança, no amor,
E essa alma transborda e encharca o meu ser finito,
Dando sentido a minha vida e coragem para sorrir
Mesmo tendo o rosto,
Banhado pelas lágrimas oriundas das raladuras da vida,
Experiências de quem está vivo e tem um sentido para a sua própria vida.
