DOCE FELICIDADE

É interessante o nascer da felicidade no coração do homem,
Deslumbrante se torna o desabrochar do sorriso,
Ao se desenhar no rosto daquele que um dia,
Deixou-se banhar pelas lágrimas,
A esperança vem junto a brilhar no olhar,
Faceiro, moleque e sem pressa de acabar,
Vai tomando posse aos poucos e uma gargalhada,
Se desprende, contente, o novo chegou,
Chegou com força e arrastou as mágoas,
A doce felicidade encontrou sua morada.

PROFUNDIDADE

Só me sinto viva quando está em meu contexto Senhor,
O meu existir se faz verdade, quando encontro Você,
Dentro de mim,
Os meus gestos ganham vida quando junto com os seus desenham no ar a mesma direção,
Só me realizo quando não consigo identificar em mim,
O eu e o Você,
E essa mistura entre nós me faz renascer,
A luz que emana em mim mostra-me você,
E assim vou seguindo seduzida, seduzindo,
Vendo em cada rosto,
A face Daquele que controla,
Meus gestos e sentimentos,
A vontade que tenho é de nunca me perder,
Para viver profundamente nessa graça que é tê-lo em minha vida,
Ah! Como eu te amo meu Senhor,
Como amo essa verdade que direciona a minha vida,
Como amo essa liberdade de deixar-me conhecer outros braços,
E ao voltar-me para observá-lo ver o teu sorriso iluminado,
A me dizer: Estou aqui, esperando por você,
Ah! Como amo esse contexto Senhor,
De achá-lo tão facilmente, só com um simples olhar dentro de mim,
Amo o seu jeito de me amar,
De cuidar e zelar,
Amo o seu jeito de me perdoar,
Amo o seu sorriso sorrindo dentro de mim,
Amo a segurança e a esperança,
Que concebe aos meus passos,
De um andar cheio de mistérios com um ar de quem sabe algo,
Que fora confiado e revelado,
Pelo simples fato de deixá-lo,
Fazer morada dentro de mim.
Amo profundamente esse Deus que habita,
EM MIM.

TRISTEZA

A tristeza tornou-se minha companheira,
Acompanha-me dia após dia, noite após noite,
Somos inseparáveis, ela me conhece a alma,
Ansiosas esperamos a chegada da noite,
Onde um terceiro elemento nos abraça;
As lágrimas,
Finalmente na penumbra da noite experimentamos a liberdade,
De revelarmos a Deus,
O que durante o dia duramente escondemos,
Nossas lágrimas,
E Deus que pacientemente nos espera durante o longo dia,
Que Ele mesmo nos deu,
Com os braços abertos nos recebe,
Finalmente, acaba a longa espera,
A alma chorosa se joga nos braços de Deus,
Que a envolve com um imenso amor,
Ansioso por consolar sua pequena alma machucada,
Tão confusa e tão presa a um sentimento que ousou nascer em sua alma,
E desesperada chora,
Nos braços ternos de Deus,
Que colhe as suas lágrimas,
Com novas promessas de amor,
Um amor que não dói,
Que só ama, sem ser egoísta,
E nunca machuca a pessoa amada,
Mais a alma ainda presa ao amor humano,
Ainda sofre e com sua tristeza,
Espera o anoitecer,
Para junto com sua fiel companheira a tristeza,
Unirem-se as lágrimas e prostra-se nos braços,
Consoladores de Deus.

QUANDO O AMOR TOCA EM VOCÊ

Sabe, o amor chegou diz o coração,
A razão corre logo para tentar esconder a emoção,
E avisa logo, hei! É só uma impressão,
Tira-te de tempo, esconde o sentimento,
E convence,
Que nada tocou seu coração,
Mas o amor é insistente e não desiste,
Quer morar em definitivo no coração,
Já chega com malas e muitas falas,
Que embriaga a razão,
Como retrucar com a emoção,
Cheia de poesias e de fantasias,
Transbordando coragem e determinação,
De não ser convencida por uma simples explicação,
De que o amor não toca, pois não tem mãos,
A razão tão bobinha que nunca se viu envolvida pela emoção,
Nunca sentiu o toque do amor em seu coração,
Nunca conseguiu explicar tamanha emoção,
Do amor que nasce na alma,
Com pressa, promessas de entregas geradas sem uma única razão,
Dançando ao som do amor,
Uma melodia intrigante,
Que a razão não entende,
Pois para o amor não existe explicação,
Quando o amor toca em você,
É um convite a dar um maior sentido à vida.

SER MULHER É UM DOM DE DEUS

É uma graça para a Mulher ter consciência de sua feminilidade,
tomar posse de que é Mulher, independente de suas formas físicas,
Saber que a beleza vem do interior,
De uma graça divina e harmônica,
Que a faz especial,
Tendo a estatura que tiver, a cor que tiver, o corpo que tiver,
Seu ser grita: SOU MULHER,
E o seu corpo dança ao som mudo da beleza que ecoa,
De sua alma feminina,
Exalando um aroma que estonteia e fascina,
A alma masculina,
Que suspira e pensa,
Que alma divina,
Essa de Mulher.

QUANDO AS MENTIRAS PARECEM VERDADES

Uma alma ingênua acredita em tudo que escuta,

E ouve a doce canção do amor, sussurra-lhe aos ouvidos,

Fazendo parecer verdade um amor inventado,

E o coração de quem ama se rende ao ser amado,

Nem sequer imagina sua ingênua alma,

Que aquele que seduziu a alma não esperimentou o amor,

Nunca percebeu que amou um sonho feito de mentiras,

que teimou em ser real, tomando posse em sua alma,

Só que o amor foi tecido por linhas enganosas, por um tecelão,

Que brincou de amar,

Deixando as mentiras parecerem verdades,

A doce canção tocou e tocou profundamente em seu coração,

Mas as paredes frágeis do amor inventado,

Foi ao chão,

Revelando as mentiras impreguinadas em sua construção,

Tão frágil que não suportou a ventania,

Do amor verdadeiro que a alma sentia,

Caindo em seus braços sedento, de sensações que sequer conhecia,

Ah! tolo forasteiro,

Nunca lhe disseram, que quando se inventa um sentir,

Morre-se primeiro,

Porque o amor só mora na alma se for verdadeiro,

Quando as mentiras parecem verdades,

Morre a mentira desejosa em se transformar definitivamente,

Em amor de verdade.

A VIDA SEMPRE SOBREVIVE

A vida sempre sobrevive aos furações do dia a dia,

A vida sempre deixa um cantinho para o recomeço,

Quando as lágrimas cansam de escorrer pelos olhos,

É possível observar o canto, que está reservado à esperança,

E mãos divinas e invisíveis nos guiam até acharmos o recomeço,

A história de dor se finda, e no ar sentimos uma espécie de cumplicidade,

Do sol com o sorriso, que mesmo em tempo de chuva brilha,

Somente para iluminar aquele que sofreu, moldando em sua fisionomia o recomeço,

E envolto em seu ser está impreguinado,

O aroma da vida, que sempre sobrevive, e traz consigo o esperar,

que adormeceu na dor e esperou com paciência,

Acabar o dessabor para poder voltar,

Não importa quanto tempo se vive, se é longo ou curto,

O divino sempre ressuscita aquele que está morto em vida,

E aqueles que estão mortos na carne,

Todos a seu tempo,

São ressuscitados porque a vida sempre sobrevive,

Para aqueles que tem CRISTO.

QUANDO O AMOR ACONTECE

Quando o amor acontece passamos a esperimentar,

O versículo que mais tranparece o sentimento de quem ama,

O amor não é vaidoso, o amor tudo suporta, o amor não é invejoso,

O amor fica feliz em ver a felicidade estampa nas feições do outro,

O amor é pura doação de si para outrem,

É capaz de deixar partir, sem tentar reter pelo bem do amor,

Quando o amor acontece ele nos faz chorar para demonstrar alegria,

Dá luz própria aos olhos com a simples lembrança das feições de quem é amado,

Quando o amor acontece ele eleva a nossa alma e nos liga a Deus,

E nesse momento diviniza todo o nosso ser,

Dando encantamento próprio aos nossos gestos,

Que insistem em denunciar a emoção que suaviza o coração

Quando o amor acontece trocamos as cores da vida,

E vemos tudo sobre as cores do amor.

OS ESPINHOS DA VIDA

Uma das maiores experiências do homem é viver,

Passar pela vida permitindo-se sentir,

É o seu maior desafio,

Saber que os espinhos na carne existem e persistem,

Em fincar em seu peito,

Sentir as dores do desamor e das perdas,

Saber que viver e ser feliz é uma arte,

Que se aprende nas machucaduras da vida,

Que a felicidade muitas vezes chega depois,

De muitas dores, mais sempre chega,

É essa esperança que acalenta a vida,

Animando a suportar a dor dos espinhos,

As lágrimas e o desafio de viver,

Mesmo com feridas expostas,

Aprendemos a chorar sorrindo,

Sem desistir da vida mesmo com seu espinhos.

MACHUCADURAS DA ALMA

Nem sempre estamos preparados para os tropeços da vida,
E como criança confiamos no que vemos e no que sentimos,
E na maioria das vezes esperamos que sintam o mesmo por nós,
Ah! como se espanta a alma ao descobrir que amou sozinha,
Que sonhou só, sorriu só e foi tocado com mãos de faz de conta,
Sem perceber deixou que o amor empreginasse a sua alma,
Perfumando e suavizando todo o seu existir,
Te deu outras formas, outras feições,
Te deu forças e modificou o coração,
Mas nem sequer desconfiou que era só uma brincadeira,
De uma criança faceira, que não sabe amar,
E quando cansou deu um basta a brincadeira,
Sem sequer reparar em que estado ficou a criança que o amou,
E que agora machucada chora,
Sua alma em prantos, vive sem acalanto,
Buscando intensamente a cura,
Para as machucaduras feitas na alma,
Enquanto chora, espera que alguém se compadeça dela,
E passe um bálsamo em sua alma, que machucada chora.

FALTA UM PEDAÇO DO MEU CORAÇÃO

É interessante que quando algo se quebra dentro de nós,

Ficamos mais sensíveis, pensativos e esperançosos,

A esperança de que a dor passe logo,

De que volte a ser como antes,

De que seja só um engano,

E que a parte que falta do coração repouse novamente em seu lugar,

Lugar esse que nunca deveria ter ficado vazio,

O que será das cores se o arco-íris saiu dos meus olhos?

O que será das flores se o olfato não sente mais seu perfume?

O que será das estrelas se as nuvens escuras insistem em turvar o céu?

O que será da ternura se a fonte findou?

O que será do sorriso se já não encontra o seu estímulo?

O que será do amor se não tem mais o amado?

O que será de mim?
Mas o verdadeiro amado nunca nos abandona,
É simplesmente a humanidade que nos engana, 
Mudando o foco do sentir,
mas a realidade perdida retorna,
Transparecendo  uma única verdade,
Que insiste em gritar, 

Eu me  desfio de amor pelo SENHOR.

UMA LÁGRIMA

Uma lágrima que corre pode revelar a alma,
Talvés por aparentar muito eu não seja nada,
Por querer tudo, não tenha nada,
Um amor mudo sempre se cala,
Morando em um coração cheio de lágrimas,
De quem ama e não é amado,
De quem sente e não é sentido,
De quem quer e não é querido,
De quem sofre em silêncio no vazio do seu ser,
Tendo somente uma lágrima,
Uma única lágrima a correr,
Um grito mudo sai do fundo do seu ser,
Pedindo para passar logo,
E roga a Deus na sua angustia de sentir,
A dor doida de não ter,

Uma mão para lhe secar as lágrimas.